terça-feira, 26 de julho de 2011

She walks away, the sun goes down

Tô com um trabalho novo. Melhor do que eu podia esperar. Tô com um amor novo. Melhor do que eu podia esperar. Só por isso, eu poderia dizer que hoje, neste instante, agora, vivo uma das melhores fases da minha vida. Em razão da faculdade e do trabalho e do inglês e do alemão, fiquei um século sem postar aqui. Mas, em vista dos últimos acontecimentos, resolvi passar aqui e deixar um sentimento registrado.

Tô acabado. Arrasado. A morte da Amy foi um dos maiores golpes que já tomei até hoje. Tava pensando em escrever aqui mil palavras, descrevendo meu estado, mas acho que é inútil. Eu nunca vou me esquecer de como me sinto agora. Vai fazer parte da minha história. Assim como ela fez nos últimos 5 anos, sendo praticamente a única no meu gosto musical. Vai ser difícil conviver com isso. Tá sendo. Não sei se me acho ridículo ou humano quando me pego chorando.

Amy was the morning, and now she is gone. She's reborn like Sarah Vaughan. And in the sanctuary she had found, birds surround her sweet sound. And Amy flies in paradise.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

sábado, 5 de fevereiro de 2011

O tesão de uma voz

Antes dessa postagem, um minuto de silêncio em homenagem à beleza de Cisne Negro...


Hahaha, pronto. No post de hoje, que me encontrou enquanto eu tomava banho, vou falar sobre uma coisa que nos últimos 20 dias tomou uma parte boa e deliciosa do meu cotidiano: a voz. Não, não é a voz de um radialista nem de um desconhecido no chat line. E também não é tesão no sentido sexual. Quédizê, não só. Tesão as in tesão de você por você mesmo, de estar ali naquele lugar com aquelas pessoas exatas. Agora, assim, consigo pensar em 4 situações recentes de eargasm:

A primeira: é surpresa pra alguém? Dia 15 de Janeiro de 2011. Meia-noite. Amy Winehouse entra no palco. Olha, foi o dia mais cansativo da minha vida. Uma conta rápida por cima, 17h em pé, das quais 11h sem tomar água nem ir ao banheiro. Eu nunca soube tão bem o que é SEDE, CALOR e CANSAÇO. Em compensação, quando os backings anunciaram a entrada dela, eu saí de mim. Li-te-ral-men-te. Tanto que não lembro do show com exatidão, tudo que tenho são uns flashs e sensações. E muito choro. Lágrimas de estar perto de alguém que eu aguardava há 5 anos, lágrimas da beleza da noite de lua minguante e céu limpo envolta no som dela. De saber que eu ia vivenciar as músicas que ouvi tanto em noites de fossa, de términos, de porres. E a voz... Eu lembro que estava meio grogue após ouvir Back to Black (e chorado igual um retardado), Wake up alone (e levantar as mãos para a lua em 'moon spilling in' como se quisesse agarrá-la) e Heard love is blind (ao ter cantado com as vísceras 'i was thinking of you when I came' e ter me deparado com o cara gato da minha frente se virando e rindo pra (de?) mim). Tava lá...grogue.. Quando me assustei, maravilhado, com a voz marcante no início de Stagger Lee. Me arrepiei da cabeça aos pés e agradeci a quem quer que seja - se for você, deus- por eu poder estar ali naquela noite. Gozei.

A segunda: No começo do mês uma amiga saiu do país. Foi passar um tempo em Londres. E não é amiga do tipo colega, é amiga mesmo. Daquelas que te acorda à uma da tarde e te convence a se aprontar em uma hora e cruzar a cidade para encontrá-la numa mesa de bar e 'colocar os babados em dia'. Três vezes por semana, nas férias. Uma necessidade, praticamente. E então ela viaja e vocês perdem contato (pq se aqui ela já nao usava o computador, lá fora...). Bate aquela saudade, aquela necessidade de ver a pessoa. Falar merda, segredos, bater cabelo, encher a cara. E ela não tá aqui. Até que se passam uns 18 dias (sim, esse drama foi por causa de 18 looongos dias) e ela surge no skype. Online. Assim, do nada. E te liga! Te faz sentir 20kg a menos, mais leve, sem saudade, só com a primeira palavra dita: Um "Hiiii, you!" numa voz brincalhona seguida de uma gargalhada. E o papo de 3h pra tentar colocar os babados em dia foi inefável.

A terceira: Parecida com a de cima. Amigo fora do país. O melhor amigo, igualmente tenso. Mas nesse caso ele aparecia sempre na internet, mandava notícias. E foi por um tempo menor. No mesmo dia que voltou, marcamos todo mundo de nos encontrarmos no metrô, e a imagem dele se aproximando, com o sorriso anunciado mil histórias e presentes foi uma espécie de suspiro, um Aaah bem grande de alívio de tê-lo por perto novamente.

A quarta: Já devidamente acompanhado com o grupo do terceiro eargasm, na casa de uma amiga. Aliás, na mesma noite. Virando conhaque, entre amigos e gatos (3, dois muito brincalhões e um rebelde). Quando já estávamos no ponto, depois da garrafa quase vazia, alguém teve a ideia de colocar uma musica. Escolheram Gadu. E foi desse jeito, umas 7 da manhã, que todos deitaram numa cama de casal. Nós 5 e os 3 gatos (dos quais algum arranhou todo o meu rosto), com o sol esboçando uns raios na janela.  Uma epifania a 8. É o que foi aquilo.

Pra fechar o post, segue uma das música da Gadu que tocava naquele instante e que na hora me chamou a atenção por sua beleza:

Aaaaaahhh

To verde pra fazer uma nova postagem AGORA. To com ela preparadinha aqui na minha cabeça. Veio em 5 minutos, coisa linda. Mas tenho que sair pra ver Cisne Negro, já to atrasado. Esse post é só um lembrete pra eu não me esquecer de despejar tudo aqui quando eu voltar. Porque faz tempo que um post não me vem à cabeça de forma tão certa, e faz tempo que não posto também. Vou dar um jeito nisso. As soon as I get back. Beijo

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Homenagem de final de ano

É, acho que 2010 já pode virar em paz. I sucked out all the marrow out of it. Sem dúvidas, foi o melhor ano da minha vida. E devo isso, em parte, àquela que é na minha opinião a mulher brasileira mais importante da literatura do séc XX: Hilda Hilst.

Aqui não pretendo fazer uma biografia exata de Hilda, nem uma análise. Apesar de raras na internet, é possível encontrar ambas. Raras porque Hilda sempre teve um falatório em torno dela. Vamos fazer as contas? Década de 30, nasce uma garota numa família rica do interior. O pai, fazendeiro e poeta, é internado em certa idade devido à sua "loucura". A filha - Hilda- começa a escrever poesia aos 18 e aterroriza a mãe, que temia que ela terminasse como seu pai. Dona de uma beleza estonteante, entrou na faculdade mais tradicional do país - Faculdade de Direito do Largo São Francisco, que na época era "lugar de homem". Chocou a sociedade da época com seu jeito avant-garde e progressista para a época. Na década de 60 se mudou para um sítio isolado a 11km de Campinas, nomeado de "A Casa do Sol". Escritora com maestria de poesia, prosa, crônica e teatro, era julgada como "a velha louca da Casa do Sol". "Louca" tanto porque sua literatura era tido por muitos como hermética, de difícil compreensão e de raros estudos como por ter abordado temas como o homem (lato sensu), o corpo, deus e o sexo de uma forma muito peculiar e poética. Sua linguagem é explosiva, inaugural. Há um fluxo de pensamento muito peculiar, fugindo da lógica cronológica comum. A escolha lexical é ora barroca, ora pós-modernista. Ocorre a presença de uma prosa poética , justamente a característica mais marcante da escritora.

Agora vou falar a verdade: não comecei a ler Hilda esperando grande coisa. Mergulhei na literatura dela no início devido a uma versão bem contada (fofoca? oi?) das peripécias de Hilda em Paris com Marlon Brando.

(extraído de http://oultimosoprodehildahilst.blogspot.com/)





Hilda Hilst: Eu queria muito conhecer o Marlon Brando, achava-o lindo, e então me tornei namoradinha do Dean Martin só pra ficar perto do Marlon. Mas eu não conseguia essa aproximação de jeito nenhum. Me vi obrigada a agüentar o Dean bêbado vários dias e, como ele não me apresentava o Marlon, resolvi ir ao hotel onde ele estava, dei uma linda gorjeta ao porteiro e perguntei o número do quarto dele. Cheguei lá, bati na porta, esperei uns dez minutos. Marlon Brando apareceu com um extraordinário robe de seda, acompanhado do ator francês Christian Marquand, que, anos depois, revelou ser seu amante. Eu estava acompanhada de uma amiga, a Marina de Vincenzi, e meio de pileque. Disse-lhe que queria fazer uma entrevista. Mas eu só olhava para os pés dele e não sabia o que dizer. Aí ele falou: “Só porque você é bonita acha que pode acordar um homem a essa hora da noite?” Ele achou graça, foi educadíssimo, mas eu não consegui entrar no quarto e dormir com ele. Fiquei decepcionadíssima. Naquela noite, novamente, ele tinha escolhido o Marquand...

 E foi a partir daí que eu me viciei nessa mulher, que abriu minha cabeça de um jeito sensacional e me fez olhar o mundo sob outros ângulos totalmente novos! Engraçado que muitos fãs hilstianos ficam curiosos com a suposta rivalidade literária entre ela e a Clarice Lispector. Comparações é que não faltam. "Clarice é vinho, Hilda é uísque. Clarice é lady, Hilda grita o mundo". Um poeta amigo meu que conheceu a Hilda e parte do círculo social literário dela disse que a Hilda só começou a escrever prosa (em 1970, com "Fluxo Floema) para concorrer com a Clarice. Uma espécie de megalomania. E talvez tenha dado certo, já que Clarice chegou a declarar que gostaria de ser tão boa escritora quanto Hilda Hilst (se isso foi um sarcasmo tácito eu já não sei...) Apesar de corrente minoritária, da qual me orgulho muito de ser parte, digo alto que você foi e ainda é a mulher mais brilhante da nossa literatura, Hildinha. Descanse em paz em Marduk! Quero muito de você pra mim em 2011. E que venha o Reveillon! TUDO DE NOVO, TUDO NOVO.

Boas festas a todos!

domingo, 26 de dezembro de 2010

Então é Natal

Ou como diria a Katylene, blogayra mais famosa de 2010 e DJ da Balada Mixta - a melhor -, é anal-tal. Rs Ótimo época do ano pra dizer que vc ama as pessoas que vc ama, bla bla bla. E também pra sair do armário! Não acredito muito que sua família faça um barraco em pleno dia do aniversário do menino deus hahaha. Talvez ano que vem eu aproveite essa época do ano pra dar essa uva pra minha família chupar, por mais dificil que isso pareça ser exatamente agora.

Então, feliz natal para todos os poucos leitores desse blog!! hahaha


Vou fechar o post com um vídeo dELA. Um video "caseiro", câmera na mão, frente da pista. Sem truque, pra mostrar o monstro que essa britânica skinny de 1,60m é em cima de um palco. Vem Amy, vem!!! Só 20 dias pra eu ir no teu show, já pode comemorar?

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Sobre baladas, encontros e tédio

E então sábado foi dia de balada. Uma das minhas prediletas ever, boa música, engraçadíssima, animada com gente bonita e tolerante. Ok, bebi um pouco demais e entrei torto lá.. Mas nada de mais também, só a ponto de me tornar um pouquinho mais promíscuo, mas com a memória 90%.
Foi dia de comprovar coisas. Uma: balada gay ou bi é mais putaria do que balada ht. Menos de 40 min na pista e 4 caras chegaram em mim. Com mão boba, ou sem camisa... Vergonha alheia huaha, pelo menos eram todos gatos.
Comprovei também que não me dou muito bem com gente da minha idade (digo pra me relacionar). Eu pensei que eu sempre era atraído por caras mais velhos, mas descobri que o contrário também acontece. Andando brisado pela balada sábado, dou de cara com esse cara. Mais alto que eu, o que é bom e difícil de encontrar. Mais velho (10 anos). Bonito, bem vestido. Um beijo perto dos inigualáveis. No final da balada ainda anotou o nome num pedaço de papel, me fez prometer que eu iria procurá-lo e... ainda me trouxe de carro em casa! Jesuis..
Tive de ir procurá-lo essa semana hahaha. Adicionei no face, mantivemos contato. E é aí que chega a merda.
Sexta agora vai rolar uma balada incrívell, era o dia perfeito pra sair com o boy de novo.. Não fosse essa dor de garganta, febre, mal estar e feridinhas que surgiram na minha boca após a temperatura cair pela metade em menos de dois dias. Eu sempre tive isso, é péssimo! E foda é o boy pensando que é desculpa pra enrolar ele, dando uma de hard to get hahaha. Enfim, paciência, néam...

Pra matar o tédio de ficar em casa com a cabeça lá no boy e na buatchy, nada melhor do que maratona de seriados. Ultimamente to viciado em Glee. Acho muito legal como o Colfer virou ativista em campanhas como It Gets Better com toda a sua influência adquirida no mundo por causa do seriado, ou como aquele lymdo do Jonathan Groff finalmente tá recebendo a atenção que merece. Isso sem falar nos talentos da Amber e da Lea, que deixam qualquer um boquiaberto.

Pra finalizar o post, deixo o vídeo do cast de Glee no XFactor. Achei engraçado por duas coisas:  Uma: a velha e clássica rivalidade tácita entre americanos e britânicos. Outra: Há algum tempo, a Amber Riley tentou participar do American Idol e foi rejeitada pelo Simon Cowell. Nesse vídeo do XFactor, dá pra perceber a resposta dela ao Simon (que, na minha opinião, é um escrotinho) a partir dos 4:00. Um sonoro CHUPA ESSA UVA. ahhahaha ahazou, Amber.